Tu, maré

A caneta que eu escrevo 
percorre o papel,
e nele meu sentir descansa.

Guardo em mim o que escreves,
mesmo que os teus versos não sejam meus.

Amor,
dor,
que é vento,
e balança o mar que nos engole.

Tu, caos,
Eu, cais, 
num fim de tarde que chega 
e nos afaga.

As ondas de teu olhar tormentam as minhas,
e teus braços quentes levam o frio pelo meu corpo,
que escorre os restos de tua maré.

Tu és a tarde que finda,
é manhã que chove,
é noite que cai sobre meus olhos.







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